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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Principais alterações no Novo Código de Processo Civil, com ênfase no foro, prazos, datas e a repercussão nos contratos.



Principais alterações no Novo Código de Processo Civil, com enfase no foro, prazos, datas e a repercussão nos contratos.








O Novo Código de Processo Civil, apresenta alterações relevantes, na relação contratual, foro e estabelecimento de prazos, abaixo aprentamos uma análise em parelelo com o Código de Processo Civil de 1973.


Foro

Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de elei ção de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação.
Não existe artigo em parelelo a este no Código de Processo Cívil de 1973
Art. 46.  A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor.
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.

Em paralelo podemos analisar o artigo 94 no Código de Processo Civil de 1973:
Art. 94. A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu.
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado onde for encontrado ou no foro do domicílio do autor.
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio nem residência no Brasil, a ação será proposta no foro do domicílio do autor. Se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.

§ 4o Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.

O texto se manteve identico, apenas foi acrescentado o parágro 5° no Novo código de Processo Civil, sendo expressso no caso de execução fiscal o foro de domicílio será o do réu, onde ele resida ou ainda onde quer que ele esteja.

Novo Código de Processo Civil:
Art. 47.  Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.
O Código de Processo Civil de 1973, já tratava de tal matéria em seu artigo 95:
Art. 95. Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova.
Foi acrescentado o parágrafo 2º no Novo Código de Processo Civil, ressaltando nos casos de ação possesória,  além do foro ser da situação da coisa, a necessidade da competência absoluta.

Novo Código de Processo Civil:

Art. 48.  O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único.  Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
Tal artigo é previsto no Código de Processo Civil de 1973 em seu artigo 96:
Art. 96. O foro do domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade e todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único. É, porém, competente o foro:
I - da situação dos bens, se o autor da herança não possuía domicílio certo;
II - do lugar em que ocorreu o óbito se o autor da herança não tinha domicílio certo e possuía bens em lugares diferentes.
A inovação trazida pelo Novo Código de Processo Civil está presente em seu inciso II do artigo 48, no qual admite havendo bens em foros diferentes, poderá ser proposta a ação em qualquer um deles.

Novo Código de Processo Civil:

Art. 49.  A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias.
É tratado no artigo 97 do Código de Processo Civil de 1973:
Art. 97. As ações em que o ausente for réu correm no foro de seu último domicílio, que é também o competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias.
Nenhuma modificação processual, apenas uma breve alteração no texto, o que não muda seu entendimento.

Novo Código de Processo Civil:

Art. 50.  A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente.
É tratado no artigo 98  do Código de Processo Civil de 1973:

Art. 98. A ação em que o incapaz for réu se processará no foro do domicílio de seu representante.
A inovação foi a apresentação no texto da figura do assistente, o  absolutamente incapaz  (menor de 16 anos)  é representado enquanto os relativamente capazes ( maiores de 16 e menores de 18) são assitidos.

  
Novo Código de Processo Civil:

Art. 51.  É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União.
Parágrafo único.  Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal.

Art. 52.  É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal.
Parágrafo único.  Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado.
Art. 53.  É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
III - do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu;
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício;
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.
Os artigos 51 ao 53, estão previstos no Código de Processo Civil de 1973 nos artigos 99 e 100, e ainda, o artigo 52 não possui artigo correpondente no CPC/73.

Art. 99. O foro da Capital do Estado ou do Território é competente:
I - para as causas em que a União for autora, ré ou interveniente;
II - para as causas em que o Território for autor, réu ou interveniente.
Parágrafo único. Correndo o processo perante outro juiz, serão os autos remetidos ao juiz competente da Capital do Estado ou Território, tanto que neles intervenha uma das entidades mencionadas neste artigo.
Excetuam-se:
I - o processo de insolvência;
II - os casos previstos em lei.
Art. 100. É competente o foro:
I - da residência da mulher, para a ação de separação dos cônjuges e a conversão desta em divórcio, e para a anulação de casamento;         (Redação dada pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
II - do domicílio ou da residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
III - do domicílio do devedor, para a ação de anulação de títulos extraviados ou destruídos;


IV - do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré a pessoa jurídica;
b) onde se acha a agência ou sucursal, quanto às obrigações que ela contraiu;
c) onde exerce a sua atividade principal, para a ação em que for ré a sociedade, que carece de personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se Ihe exigir o cumprimento;
V - do lugar do ato ou fato:
a) para a ação de reparação do dano;
b) para a ação em que for réu o administrador ou gestor de negócios alheios.
Parágrafo único. Nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato.



Novo Código de Processo Civil

Contratos, Prazos e Datas

Art. 190.  Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único.  De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
Em paralelo existe o artigo 181 do Código de Processo Civil 1973:
Art. 181. Podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo dilatório; a convenção, porém, só tem eficácia se, requerida antes do vencimento do prazo, se fundar em motivo legítimo.
§ 1o O juiz fixará o dia do vencimento do prazo da prorrogação.
§ 2o As custas acrescidas ficarão a cargo da parte em favor de quem foi concedida a prorrogação.
Entretanto o Código de 1973 admitia apenas a convenção para dilação de prazos, no Novo Código de Processo Civil entretanto, é permitido as partes em comum acordo, estabelecerem ajustes que julguem mais adequados a sua causa, convencionando sobre seus poderes, ônus, faculdades e deveres processuais. Deste modo a liberdade de contratar se estende processualmente, sendo possível as partes convencionarem até mesmo questões processuais.
Contudo o parágrafo único estabelece os limites e a intervenção do Juiz, caso exista abuso ou prejuízo claro a uma das partes nessa convenção.


Art. 543. Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será este citado para exercer o direito dentro de 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de lei ou do contrato, ou para aceitar que o devedor a faça, devendo o juiz, ao despachar a peti- ção inicial, fixar lugar, dia e hora em que se fará a entrega, sob pena de depósito.

Neste artigo é clara a liberdade das partes para estabelecer o prazo, tendo como padrão 5 dias, entretando, caso as partes já acordaram um prazo diverso, este se manterá. Tal previsão já se encontrava no Art. 894 do CPC/73
   

Art. 800. Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao devedor, esse será citado para exercer a opção e realizar a prestação dentro de 10 (dez) dias, se outro prazo não lhe foi determinado em lei ou em contrato.
 § 1º Devolver-se-á ao credor a opção, se o devedor não a exercer no prazo determinado.
§ 2º A escolha será indicada na petição inicial da execução quando couber ao credor exercê-la.

Novamente neste artigo, é expresso o cumprimento do prazo padrão, ou o prazo estabelecido em contrato. Tal previsão é presente no Art. 571 do CPC/73

Conclusão
Conforme apresentado, grande parte do Novo código de Processo Civil é uma reprodução do Código de Processo Civil de 1973, no entanto existem grandes alterações na relação contratual, sendo possível por exemplo os contraentes ou as partes, estabelecerem não somente prazos, mas questões diversas como ônus, poderes , faculdades e até mesmo deveres processuais, desde que não o faça prejudicando os demais.


REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS


Primeiros Comentários ao Novo Código de Processo Civil Artigo Por Artigo 2015

Mello, Rogerio Licastro Torres De; Ribeiro, Leonardo Ferres da Silva; Wambier, Teresa Arruda Alvim.

Manual Elementar de Processo Civil 3ª Ed. 2013 – Carlos Henrique Soares, Ronaldo Brêtas de Carvalho Dias – Del Rey

Curso de Direito Processual Civil – v1,2,.3  2014-2015  Fredie Didier Jr. e Leonardo Carneiro da Cunha


Conteúdos disponibilizados gratuitamente na internet:
www.portalprocessual.com

www.esaoabsp.edu.br  / W32/01 - O NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ( PLS 166/10 )  / Código de Processo Civil – Principais Alterações ( PLS 166/10 )

 


segunda-feira, 25 de maio de 2015

Preparo no processo trabalhista


Preparo

No processo do trabalho, para se recorrer é previamente necessário comprovar o chamado preparo, ele é uma modalidade de depósito recursal referente somente ao depósito e as custas, estas custas incluem o porte de remessa e retorno dos autos e as despesas postais entre outras.

A falta do preparo implica em deserção do recurso, ou seja, abandono do recurso pretendido. O prepara é previsto no artigo 511 do Código de Processo Civil:




e ainda no artigo  1.007 do Novo Código de Processo Civil:

§ 7o O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação da pena de deserção, cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente para sanar o vício no prazo de 5 (cinco) dias.                                                                                          











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